Associação dos Delegados da Polícia Civil do estado de Minas Gerais empossa nova diretoria para o triênio 2024-2026

O  evento que reuniu autoridades, representantes de classes, Delegados da Polícia Civil de várias regionais e da capital,  foi marcado pela sinalização da busca por novas conquistas para os associados da  entidade.

Uma noite de celebração, renovação de compromissos com os associados e o fortalecimento e expansão da entidade. Esta foi a síntese da cerimônia realizada pela Associação dos Delegados da Polícia Civil de Minas Gerais (ADEPOL-MG), na noite desta sexta-feira (22/3)no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas, de Belo Horizonte (CDL-BH).

“Renova-se a diretoria da ADEPOL, e tenho certeza de que esse recomeço  revigora a nossa associação e sua responsabilidade frente as muitas  lutas que tem abraçado nestes 65 anos de existência”. Assim o Delegado-Geral, Dr. Edson José Pereira, presidente da ADEPOL-MG no triênio 2021-2023, iniciou sua fala na cerimônia de posse da nova Presidente, a delegada-geral Elaine Matozinhos Ribeiro Gonçalves, da Diretoria Executiva, do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal.

A presidente, Dra. Elaine Matozinhos, que a cada dia justifica sua presença feminina com a sabedoria e honradez que ornam sua personalidade, é a primeira mulher a assumir o cargo de Presidente da ADEPOL-MG”, disse ele.

Em seguida, lembrando o inicio de sua gestão, os desafios que lhe foram apresentados, e seu empenho na busca do desenvolvimento da entidade, ele concluiu:  “De mãos dadas com os que  se irmanaram comigo na relevante empreitada, hoje devo registrar que temos uma ADEPOL  mais moderna, inteiramente compromissada com a transparência, a eficiência e os resultados”.

Finalizando, Dr. Edson abriu um destaque para agradecer a todos que colaboraram na empreitada e, especialmente, ao Delegado-Geral  Dr. José Antônio de Moraes, a quem chamou de “nosso conselheiro-mor”.

Quebrando mais uma barreira

Após agradecer aos colegas, Delegadas e Delegados que se dedicaram à campanha  vitoriosa da chapa 2, encabeçada por ela, no pleito democrático ocorrido no dia 5 de dezembro de 2023,  Dra. Elaine Matozinhos,  que nos anos 1980 fundou a  primeira Delegacia da Mulher em Minas Gerais – a segunda no país-, cumprimentou as companheiras presentes pelo Dia Internacional da Mulher, ocorrido em 8 de março. Prosseguindo, ela mencionou o ineditismo de sua eleição em 2023:  “A ADEPOL  completou, em 15 dezembro, 65 anos de sua fundação. Nunca teve uma mulher presidente. Hoje, estamos aqui, mais uma vez, rompendo barreiras”, celebrou.

Importante contribuição

Dra. Elaine também frisou a importância histórica da ADEPOL-MG. “Somos uma das mais antigas entidades classistas representativas dos Delegados de Polícia de carreira, do país.  A associação mineira foi fundada em 1958, dois anos após a criação da primeira Secretaria de Segurança Pública no estado”. Continuando, destacou a grande contribuição da ADEPOL à nova Secretaria. Segundo ela, a associação apresentava e sugeria políticas para a segurança pública e, consequentemente, para a consolidação da carreira dos delegados de Polícia.

Na época, lembrou a Delegada-Geral, ainda havia a  figura do Delegado Municipal e o Especial.  “A ADEPOL de Minas Gerais  foi fundamental para a consolidação dos Delegados de Polícia de carreira bacharéis em Direito e aprovados em concurso público”, afirmou.

A nova Presidente lembrou o trabalho da ADEPOL-MG, por ocasião da Constituinte. De acordo com ela, a Associação não mediu esforços para inserir na Carta Magna, a Polícia Civil e os Delegados de Polícia, tal como explícito no artigo 144, parágrafo 4 que determina: ‘às  policias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incubem, ressalvada à  competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de  infrações penais, exceto as militares´.

Defesa de direitos e prerrogativas

“Diz a música que, cada um compõe a sua história, e a história da ADEPOL-MG é de lutas e conquistas, sobretudo no que diz respeito à nossa dignidade profissional e a dignidade nas condições de  trabalho”, pontuou Dra. Elaine.

‘Hoje estamos aqui, Delegados mais experientes, com longos anos de carreira e  jovens Delegados que com ardor estão a defender, de forma inflexível, os direitos, as prerrogativas e os interesses  da classe´, ressaltou.

 Unidade nas ações 

“A ADEPOL  é a grande trincheira de todos nós. Estarmos unidos, de forma respeitosa e harmônica, com as demais entidades classistas, é imperioso para nossas conquistas”, afirmou, citando o  Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais (Sindepominas), que salienta: muitíssimo bem presidido pela delegada Maria de Lourdes Camilli.  Citou ainda, os Sindicatos e Associações dos  Médicos Legistas, dos Peritos Criminais, dos Escrivães, Investigadores, administrativos, enfim, de todas as carreiras policiais.

Também enfatizou o compromisso da ADEPOL mineira em manter proximidade com a ADEPOL do Brasil, e na oportunidade, agradeceu ao seu presidente, Dr. Rodolfo Queiroz Laterza,  afirmando  tratar-se de um grande interlocutor dos Delegados de Polícia junto aos membros do Congresso Nacional. Também agradeceu ao presidente da Federação Nacional dos Delegados, Dr. Fabio Daniel Vasconcelos e a Deputada Federal, Delegada Ione que,  com o apoio e participação das entidades classistas de todos os estados da Federação, não mediram esforços para a aprovação da Lei Orgânica Nacional da Policia Civil do país.

Agora, a luta é pela adequação – A presidente também adiantou à Delegada Chefe-Adjunta da Polícia Civil, Dra. Rita Januzzi, que a ADEPOL-MG já está  elaborando estudos para adequar a Lei Orgânica estadual à Lei nacional,  e completou: “Desde 1985 a ADEPOL  lutava em Brasília pela aprovação da nossa Lei Orgânica. Só agora, 35 anos após a Constituição, ela foi aprovada”.

Compromissos de campanha – Reafirmando o compromisso no cumprimento de suas propostas de campanha, a Presidente adiantou a assinatura de convênios que beneficiam os associados e seus dependentes e garantiu que a nova diretoria não medirá esforços para a interiorização da ADEPOL, dando  seguimento  ao projeto Adepol Itinerante,  feito com muito carinho pelo seu antecessor, Dr. Edson José Pereira.

Linha de atuação – Dra. Eliane Matozinhos também confirmou sua linha de atuação política dizendo que, de forma respeitosa, promoverá a interação da entidade com as Casas Legislativas e o Governo, sem abrir mão dos interesses dos Delegados. “O processo eleitoral já passou e deixou espaço aberto para a unidade e harmonia da classe”, destacou.  Finalizando agradeceu  presença de todos e, de forma especial, ao presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Dr. Marcelo Souza Silva, pela parceria com a Polícia Civil.

O professor e jornalista Paulo Roberto Antunes, de Conselheiro Lafaiete, leu, durante a cerimônia,  um texto de sua autoria publicado em um jornal da cidade, em homenagem à conterrânea, dra. Elaine Matozinhos.

Homenagem  

A Deputada Federal, Delegada Ione, falou na condição de mulher, cidadã, Delegada, associada da ADEPOL  e parlamentar, sobre a emoção em participar do momento  considerado emblemático, na história da Polícia Civil do estado de Minas Gerais.

“Momento emblemático sim,  sobretudo para nós, mulheres, e delegadas de polícia, vermos  tantas mulheres ocupando funções chave na Policia Civil de Minas Gerais e, particularmente porque,  na data de hoje, a presidência da nossa ADEPOL  passa a ser  exercida, pela primeira vez,  por uma mulher, a Dra. Elaine Matozinhos que, mais do que colega, tenho como amiga, mais que amiga, exemplo, modelo, referência e paradigma de conduta, de lealdade institucional, de coragem, de audácia.

A deputada citou a história da Presidente, quase menina que, aos 23 anos, viúva, se  tornou Delegada de Polícia em Minas, contrariando a opinião daqueles não acreditavam na capacidade feminina em romper barreiras e fazer história. “Ei-la aqui, hoje, nossa presidente da ADEPOL, a primeira Delegada de mulheres de Minas e a segunda do Brasil. Primeira Delegada eleita vereadora na capital, e também a primeira Delegada de Polícia a ter assento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais”. Finalizando, a Deputada homenageou a Presidente com um Diploma de honra ao Mérito concedido pela Câmara dos Deputados.

Reconhecimento

O Presidente da ADEPOL do Brasil, delegado Rodolfo Queiroz Laterza, enfatizou o trabalho desenvolvido pela Deputada mineira, de Juiz de Fora, Delegada Ione,  em prol, não apenas dos delegados da Polícia Civil, mas de todo o sistema de segurança pública do Brasil. Também ressaltou o importante papel da presidente do Sindicato dos Delegados da Policia Civil de Minas Gerais, Delegada Maria de Lurdes Camilli.

Ao falar da Dra. Elaine Matozinhos, o Presidente da Associação dos Delegados do Brasil  nacional ensinou: “a  vida é passageira, mas o legado  pode ser eterno. Deixar um legado é transcender através de missões, da nossa essência, nossas  palavras, e acima de tudo, de nossos atos e atitudes. Posso falar que o legado gera transformações positivas nas nossas vidas. Aqui estou revelando o legado deixado pela dra. Elaine Matozinhos, por quem eu tenho além de  admiração, consideração, gratidão. A  visão silenciosa, abnegada, determinada desta mulher, já em 2018, foi fundamental para eu estar aqui hoje”

Clamor pela Lei Orgânica –  Citando o trabalho desenvolvido por todos os dirigentes classistas, notadamente dos profissionais mineiros e da Deputada Ione, em prol da aprovação da Lei Orgânica nacional, Dr. Laterza repetiu que não se  pode permitir que os fatores reais de poder declinem desta lei ser efetivamente aplicada. “Esta lei foi trabalhada, como a Dra. Elaine citou, desde 1985. Agora tenho um novo desafio em âmbito nacional, junto com a diretoria da  ADEPOL do Brasil: fazer cumprir esta Lei  Orgânica. Os fatores reais de poder muitas vezes tornam uma lei, por determinados interesses, uma mera letra de papel.

Tem de sair de Minas!

Dr. Laterza seguiu dizendo que a lei não é só dos Delegados, mas sim, de toda a Polícia Civil, de todos os cidadãos brasileiros.  Segundo ele, esta é a maior reforma estruturante da segurança pública, parte da redemocratização, e não se pode torna-la, meramente, abstrata.

“O meu clamor, doutora Elaine, junto com a doutora Camilli, que tem feito um trabalho imperioso, em prol do cumprimento da Lei Orgânica, é:  Minas Gerais precisa ser referência! Minas é um estado do qual emergiu grande parte do legado histórico do país. Portanto, o legado da Lei Orgânica nacional da Policia Civil deve sair daqui!”. Pontuou.

Fonte: Assessoria ADEPOL-MG – Fotos:  Leandro Couri|Refinaria de Imagem

 

 

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